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Bahia tem seis municípios entre os 15 piores do país

Emprego e renda são os piores problemas, diz estudo da Firjan. Dos 500 piores municípios, 154 estão na Bahia.


Tremedal, na Chapada Diamantina, é a cidade com o pior desenvolvimento econômico de todos os 5.565 municípios existentes no país, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), um estudo anual da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Além de Tremedal, outros cinco municípios baianos estão entre os 15 piores do Brasil: Gongogi, Mansidão, Pilão Arcado, Arataca e Tabocas do Brejo Velho (ordenados do pior para o melhor colocado). Para determinar o índice de desenvolvimento dos municípios, a Firjan considerou três indicadores: emprego e renda, educação e saúde, atribuindo notas de 0 a 1 a cada um deles. Os dados se referem ao ano de 2010.



Outro município que vai mal das pernas é Mansidão, no Oeste do estado. De 2009 para 2010, ele despencou da 161ª colocação, dentro do estado, para o 412º lugar. Nesse intervalo, a cidade até cresceu em educação e saúde, mas foi puxada para baixo pela forte queda no índice emprego e renda. Saiu da nota 0,5, em 2009, para ínfimos 0,08 em 2010. O que aconteceu nesse intervalo, quem explica é o prefeito Davi Frank (PSD). "A maioria dos empregos era na prefeitura, mas aí veio o TAC, do Ministério Público, e tivemos que fazer concurso público. Tivemos que cortar muitos cargos".

Com relação à forma de sustento da população, a situação em Mansidão não é muito diferente da de Tremedal. "Temos 12 mil habitantes, o que dá uma média de 3 mil e poucas famílias. Mais de duas mil delas vivem do Bolsa-Família", conta o prefeito. Os que restam, ou são aposentados, ou vivem da agricultura familiar. "O comércio é muito fraco. Não chega nem a 15 lojas registradas. A maioria é muito pequenininha, informal".

Outro município com queda acentuada entre os anos de 2009 e 2010 foi Tabocas do Brejo Velho, no Oeste do estado. Em 2009, a cidade estava em 335º lugar, mas eu 2010 caiu para 409º. É importante frisar que três municípios baianos não entraram no ranking por não terem enviado os dados referentes a emprego e renda. São eles: Presidente Dutra, Antônio Gonçalves e Caraíbas.

E o item emprego e renda é justamente o principal problema enfrentado pelos municípios que compõem a lista dos dez piores do estado (que, além dos seis já citados, inclui Nova Redenção, Oliveira dos Brejinhos, Cansanção e Várzea do Poço). A cidade de Tabocas do Brejo Velho, por exemplo, conseguiu nota 0,66 no quesito saúde, o que é considerado "moderado" pela Firjan, mas teve sua nota puxada para baixo pelo déficit de empregos: nota 0,09, tida como "baixa". Entre 0,4 e 0,6, a nota é considerada "regular", e acima de 0,8, alta.

No item emprego, todas essas dez cidades obtiveram notas consideradas baixas. A maior delas foi a de Várzea do Poço (0,26) e a menor, a já citada Mansidão. Já em educação, a situação é um pouco melhor, mas ainda crítica.

Todos tiveram notas regulares. A mínima foi 0,43 (Arataca) e a maior, 0,57 (Nova Redenção). As notas de saúde variaram entre 0,54 (Várzea do Poço) e 0,66 (Tabocas do Brejo Velho). Nenhum desses municípios obteve nota alta.

Mesmo Salvador, a cidade melhor colocada na Bahia, fez feio perante as outras capitais: 21ª entre 26. A Bahia ocupou a 18ª colocação entre 27 estados.

Indústria naval leva crescimento a Maragogipe

Depois de tanta notícia ruim, é bom dizer que a Bahia também tem municípios que avançaram nos últimos 10 anos. E muito. Foi o caso, por exemplo, de Maragogipe, no Recôncavo baiano. Nesse período, a cidade dobrou sua pontuação no IFDM, passando de 0,36, média considerada baixa, para 0,72, avaliada como moderada pela Firjan.

Não é à toa que o prefeito Sílvio Ataliba (PT) anda todo orgulhoso. Depois de oito anos, ele deixa a prefeitura com crescimento em todos os índices: emprego e renda, saúde e educação. Este último foi a prioridade do prefeito, que é professor primário e conhece de perto a realidade do sistema de ensino. "Antes, só 100 dos 300 professores tinham ensino superior. Hoje, 85% deles são formados", gaba-se ele, que aumentou o salário dos professores, fez parceria com uma boa editora e diminuiu o número de escolas.



Bahia melhorou, mas não tem áreas de alto desenvolvimento

Comparando os resultados do IFDM de 2000 e 2010, pode-se observar que houve uma evolução positiva da Bahia neste período.


(fonte: Ibahia)















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