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Compras de natal transformam a Avenida Sete em uma 25 de Março


Uma multidão de compradores e camelôs entope a Avenida Sete
Trânsito complicado, ruas repletas de ambulantes e de mercadorias, pessoas comprando e vendedores chamando. É assim que quem pretende comprar os últimos presentes do Natal vai encontrar a Avenida Sete de Setembro, em Salvador, a versão baiana da rua 25 de Março, em São Paulo.
A constatação foi feita na tarde dessa sexta-feira (21/12) pela equipe da Tribuna, quando ouviu ambulantes, vendedores de lojas e compradores sobre as oportunidades de presentes e os preços.
Para Vagner Luis Ferreira, ambulante que trabalha com roupa de praia feminina, as vendas aumentaram depois que o 13º saiu na quinta-feira (20). “A procura aumentou depois que o décimo saiu, mas mesmo assim ainda dá pra tentar ganhar um pouco. Cobramos geralmente R$ 5 a mais e vamos negociando, tiramos R$ 2, aí se o cliente reclama, tiramos mais R$ 1”, revelou, lembrando que mesmo sendo ambulante, facilita a vida do cliente com cartão de crédito e dividindo em até duas parcelas, caso o valor chegue a R$ 50.
A vendedora Marle Ramos Araújo, trabalha na loja Acrion e disse estar vendendo bastante. “O pessoal está querendo gastar, toda hora entra um e leva muita coisa. Arrumo as mercadorias e já tem gente querendo ver mais coisa”. O caso se repete com o subgerente Carlos Alberto Santos, da Loja Performance, que vende produtos esportivos e tênis. “O bom é que as pessoas estão comprando mais a vista, o cartão está sendo pouco solicitado. Não temos do que reclamar, a procura está boa, no nosso caso, muitos tênis de corrida e para ginástica estão saindo”.
A aposentada Iraci Ferreira, 59 anos, não gostou do que viu, nem do que encontrou na Avenida Sete. “A rua está muito cheia, um esbarrando no outro. Não tive tempo de vir antes e agora está essa agonia de gente, ambulante, carro, uma bagunça”, disse, acrescentando que achou os preços caros, “e o que está barato não presta, é praticamente descartável”, disse, avaliando ir ao shopping para tentar achar algo melhor.
Flávia Cerqueira, secretaria, 39 anos, estava comprando algumas embalagens de presente para a empresa que trabalha e confessou estar feliz por ter feito suas compras antes. “Aumentou tudo, tem coisa que comprei e que hoje está quase o dobro, as pessoas se aproveitam da correria e da proximidade da data festiva”. 
 Reportagem
Valéria Ibalo da Tribuna
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