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Postos vendem gasolina adulterada


Fiscais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizaram uma blitz surpresa ontem nas estradas da Região Metropolitana de Salvador e nas bases de abastecimento, em Candeias.
Caminhões de transporte de combustíveis, principalmente os que transportavam gasolina, foram parados para a coleta de amostras para análise da qualidade do material que seria distribuído para os postos.
O aumento irregular do teor de álcool encontrado nos postos da RMS nos meses de outubro e novembro motivou a fiscalização. O total permitido pela ANP é de 20% de etanol misturado a gasolina, mas em alguns postos foram flagrados combustíveis sendo vendidos com até 23% de álcool.
De acordo com o coordenador de planejamento e fiscalização da ANP, Siderval Miranda, embora a quantidade de álcool encontrada na gasolina adulterada seja pequena, a utilização deste combustível em larga escala, pode promover danos aos automóveis do consumidor, além de representar lucro irregular ao bolso de quem adere à prática.
“Se nós imaginarmos uma distribuidora que vende R$40 milhões em combustível e esse material tem a pequena porcentagem de erro que encontramos aqui em alguns postos da RMS, ela chega a lucrar desonestamente quase R$1 milhão”, explicou Miranda.
Ainda segundo ele, a verificação na qualidade dos combustíveis vendidos é feita em cadeia, sendo analisadas amostras na saída da distribuição, nos veículos de transporte e nos próprios postos de abastecimento. “O objetivo é constatar onde está havendo esta adulteração para que a ANP possa tomar as medidas restritivas aos responsáveis”, continuou.
No total, 14 técnicos da ANP participaram da blitz que analisou combustível de pelo menos 25 caminhões, com a coleta de mais de 50 amostras. Um químico da sede da ANP, em Brasília, foi enviado para a realização dos testes que apresentam resultado sobre o nível de etanol em apenas 15 minutos.
Nos casos de coleta de gasolina, também são verificadas o aspecto e a sujeira, que também podem prejudicar o veículo. Nos casos de análise de etanol são observadas a densidade, o ph e a condução elétrica do produto.
As empresas flagradas comercializando ou transportando material irregular têm o material apreendido pela ANP, recebem um prazo para a correção das irregularidades, além receber multa que varia de R$ 20 mil a R$ 5 milhões. Na fiscalização de ontem, nenhuma amostragem apontou combustível adulterado.  (Tribuna)
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