“Se nós imaginarmos uma distribuidora que vende R$40 milhões em combustível e esse material tem a pequena porcentagem de erro que encontramos aqui em alguns postos da RMS, ela chega a lucrar desonestamente quase R$1 milhão”, explicou Miranda.
Ainda segundo ele, a verificação na qualidade dos combustíveis vendidos é feita em cadeia, sendo analisadas amostras na saída da distribuição, nos veículos de transporte e nos próprios postos de abastecimento. “O objetivo é constatar onde está havendo esta adulteração para que a ANP possa tomar as medidas restritivas aos responsáveis”, continuou.
No total, 14 técnicos da ANP participaram da blitz que analisou combustível de pelo menos 25 caminhões, com a coleta de mais de 50 amostras. Um químico da sede da ANP, em Brasília, foi enviado para a realização dos testes que apresentam resultado sobre o nível de etanol em apenas 15 minutos.
Nos casos de coleta de gasolina, também são verificadas o aspecto e a sujeira, que também podem prejudicar o veículo. Nos casos de análise de etanol são observadas a densidade, o ph e a condução elétrica do produto.
As empresas flagradas comercializando ou transportando material irregular têm o material apreendido pela ANP, recebem um prazo para a correção das irregularidades, além receber multa que varia de R$ 20 mil a R$ 5 milhões. Na fiscalização de ontem, nenhuma amostragem apontou combustível adulterado. (Tribuna)