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Familiares de menino morto fazem críticas a Alckmin e Dilma

Parentes do menino Pedro Henrique Patrocínio Manga, morto com um tiro anteontem à noite em São Bernardo do Campo por criminosos em fuga, fizeram críticas aos governos estadual e federal.p "Cadê o governador e a Dilma que não estão aqui?", perguntava o avô materno, José do Patrocínio Silva, durante o enterro do bebê, ontem à tarde, em Diadema.
Enquanto a mãe de Pedro, Tamires dos Santos Silva, 22, abraçava o caixão e falava aos gritos para o filho morto, o sentimento de insegurança era o que mais surgia nas conversas no velório.

Amparada pelo pai, Tamires dos Santos Silva, 22, chora sobre o caixão do filho de apenas um ano e sete meses de idade



Uma das tias de Pedro, Evangelina Silva, aos prantos, implorou, por intermédio dos jornalistas: "Governador Alckmin e presidente Dilma, vocês precisam fazer alguma coisa. Hoje foi o meu sobrinho que morreu, amanhã pode ser o de vocês", disse.

"Quando penso nele, me vem à mente bagunça e brinquedo. Passamos todo o dia juntos ontem, ele gostava de ver todo mundo junto. No aniversário de um ano dele [em março], brincou vestido de palhaço", relembra o avô.

INVESTIGAÇÃO 

Segundo ele, como há câmeras no local, ele espera que os criminosos sejam presos e que Justiça seja feita.

A polícia não tem pistas dos criminosos e conta, principalmente, com o depoimento do adolescente de 17 anos que havia sido baleado minutos antes pelos criminosos.
O adolescente foi ouvido ontem mesmo pela polícia. Disse que estava na frente de sua casa, na estrada Galvão Bueno, com o pai, o irmão e a namorada, quando três homens chegaram em um Palio.

Um dos homens, afirma, desceu do veículo e, sem dizer nada, atirou à queima-roupa. O tiro pegou na orelha dele. O suspeito tentou atirar novamente, e a arma falhou.

Nesse momento, afirma, seus familiares conseguiram jogar o suspeito no chão. Um segundo suspeito saiu do veículo e tentou atirar novamente, mas a arma dele também falhou. Os homens voltaram para o carro e decidiram sair em fuga.

Foi quando os criminosos encontraram na estrada o carro onde estavam o bebê, sua mãe e o padrasto Jurandir da Silva, 20.

Para o delegado Kazuyoshi Kawamoto, que investiga o caso, os bandidos atiraram aleatoriamente porque o carro à frente impedia a fuga.

Folha S.Paulo - 17/11/2012 - 07h00









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