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Setor elétrico, que precisa de constante manutenção, reclama de tarifas que poderão ficar muito baixas
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Ao contrário do velho ditado, no setor elétrico foi a tempestade que deu lugar à calmaria. Conhecido por sua complexidade técnica e lentas mudanças, o segmento vive um verdadeiro rebuliço desde 11 de setembro, quando o governo federal tornou pública a Medida Provisória (MP) nº 579, que muda, sobremaneira, as regras do jogo para as concessionárias. Grosso modo, o Palácio do Planalto descortinou com a MP as condições para a renovação de contratos de concessão que vencem entre 2015 e 2017 – algo que já era cobrado pelas próprias companhias há pelo menos dois anos. As empresas terão apenas duas opções: (i) ficar com seus ativos somente até o vencimento, sem mexer nas regras, ou (ii) renovar tudo antecipadamente, já em 2013, abrindo mão de boa parte do faturamento. A proposta, é lógico, não agradou. A presidente Dilma Rousseff e sua equipe argumentam que os consumidores pagam hoje, de forma indevida, por investimentos realizados no passado e que estariam inteiramente depreciados. Com o novo projeto, os especialistas apontam que, de fato, as tarifas ficarão bem mais baratas, contribuindo para redução do custo Brasil. Por outro lado, como o “diabo mora nos detalhes”, haverá um perigoso desestímulo fruto da mudança repentina das regras e, principalmente, do risco de que os novos preços sejam insuficientes para o bom funcionamento do setor. Leia mais no site da revista
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