Participação desse grupo na camada média brasileira subiu de 31% para 51% em dez anos.
Dos entrantes na classe média brasileira entre 2001 a 2011, 75% são negros e 25% brancos e amarelos. Segundo o ministro da SAE, Moreira Franco, “esse é o retrato de uma nova sociedade, com mais igualdade de oportunidades. No entanto, muito ainda precisa ser feito pela redução da desigualdade no País”, ressaltou.
Hoje, 30% da população da América Latina e do Caribe pertencem à classe média. Entre os fatores que contribuíram para o resultado, o Banco Mundial destaca os maiores níveis de escolaridade dos trabalhadores, o aumento do emprego no setor formal, o maior número de pessoas vivendo em áreas urbanas e a elevação da presença feminina no mercado de trabalho.
Perfil – Segundo o secretário de Ações
Estratégicas da SAE, Ricardo Paes de Barros, as taxas de crescimento foram muito
maiores entre os mais pobres, do que entre os mais ricos. De 2001 a 2011,
enquanto o crescimento na renda dos 10% mais pobres foi de 6,3% ao ano, para os
10% mais ricos não passou de 1,4% ao ano. O maior acesso à renda tem refletido
diretamente na ampliação da classe média brasileira, que passou de 38% da
população, em 2002, para 52%, em 2012.
A maior expansão regional da classe se deu no Nordeste, que passou de 22% do total de todos os segmentos na região em 2002 para 42%, registrando uma diferença de 20 pontos percentuais, enquanto no Sudeste essa diferença ficou em 11 pontos, considerando que em 2002 a participação da classe média na região era de 46% do total das classes e passou para 57% em 2012.