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Igreja da Boa Viagem faz 300 anos e fiéis esperam por obras de restauração

Igreja da Boa Viagem

Uma celebração eucarística solene, realizada ontem às 7h30, pelo bispo auxiliar Dom Giovanni Crippa, marcou os 300 anos de um dos templos católicos mais antigos da capital baiana, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, que está necessitando de muitos reparos.

Após o ato religioso, o bispo subiu na galeota “Gratidão do Povo” (embarcação de 1891 que carrega a imagem do Bom Jesus dos Navegantes pela Baía de Todos os Santos durante a festa no dia 1º do ano) levada para a praça e deu a bênção aos fiéis presentes.

A missa foi muito concorrida por devotos, que lotaram a igreja. Na homilia, o bispo falou sobre a importância do templo nestes 300 anos em que muitos fiéis por ali passaram e, graças a Deus, era bem cuidada pelos paroquianos. E que nesta paróquia há duas comemorações importantes no final do ano, quando os fiéis vão no dia 31 até a igreja para agradecer a Deus pelo ano que passou e no dia primeiro participam da grande procissão em louvor a Nosso Senhor Bom Jesus dos Navegantes e suplicam por um ano bom.

Apesar de ainda, aparentemente, estar conservada, a igreja necessita de grandes reparos, de acordo com Renato Delfino, da Irmandade e Conselho Fiscal do Bom Jesus dos Navegantes. “Estamos orando e pedindo a Deus para que o projeto que foi feito seja aceito e consigamos reparar as estruturas da igreja e também o anexo da galeota”, afirmou, se referindo a uma espécie de garagem ao lado da igreja onde fica a embarcação de 120 anos durante o ano.
Delfino disse que, como a igreja é tombada, as reformas dependem do Iphan, que em um primeiro projeto já realizou obras de recuperação em cinco igrejas do Centro Histórico. “Agora esperamos que olhe por nós aqui na Cidade Baixa porque não só a Igreja Nossa Senhora da Penha necessita de reparos como também outras igrejas daqui”, declarou.

Com se trata de edificações tombadas, não se pode modificar o material utilizado para as obras, destaca Delfino, acrescentando que, como deve ser o mesmo material utilizado há 330 anos, o custo triplifica. “Não se pode alterar nada, nem a pintura. Aqui mesmo na igreja necessitamos de reparos no telhado e no coro, pois o madeirame não está mais se sustentando”, advertiu.

O pároco da igreja , Adilson Santana do Carmo,concorda que a igreja necessita de muitos reparos, mas adiantou que o projeto foi enviado ao arcebispo primaz do Brasil, Dom Murillo Krieger, que o encaminhou ao Iphan.
Fonte: Tribuna




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