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Dispensa de licitação não é explicada e ponte "avança"

Pelo Twitter
Animado, o 'pai' da 'Ponte Salvador-Itaparica', José Sérgio Gabrielli, assina com o governador Jaques Wagner (PT) na próxima segunda-feira (25) um 'acordo' com os municípios de Itaparica e Vera Cruz para estudos de impacto da obra; contudo, secretário e governador seguem fazendo de conta que não precisam explicar a dispensa de licitação para contatar uma empresa paulista ao custo de R$ 40 milhões para 'estudar' o projeto; Gabrielli continua querendo chegar ao Palácio de Ondina via 'Ponte Salvador-Itaparica'


Bahia 247
Nem o secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli, nem o governador Jaques Wagner (PT) se pronunciam sobre a dispensa de licitação para contratar ao custo de R$ 40 milhões uma empresa paulista para "estudar" o projeto da 'Ponte Salvador-Itaparica', possível obra classificada como 'faraônica' e 'eleitoreira' pela oposição.
Mas enquanto o Estado faz de conta que não deve explicação ao povo, a tal ponte, com custo inicial previsto em R$ 7 bilhões, 'avança'. Segundo o jornal Tribuna da Bahia, na próxima segunda-feira (25), às 9h, "representantes dos poderes do Estado e dos municípios de Vera Cruz e Itaparica vão assinar um acordo de cooperação técnica, relacionado à intervenção".
E é nesta promessa que o ex-presidente da Petrobras pega carona para viabilizar seu nome na disputa pela sucessão de Wagner em outubro de 2014. Se a ponte ficar pronta, além de acabar com o sofrimento de quem espera quase metade de um dia para atravessar o mar num sistema precário de embarcação; Wagner com certeza estará viabilizando qualquer candidato que seja o da base governista. Do PT ou não.
Segundo o governo, o acordo com Vera Cruz e Itaparica tem como objetivo "facilitar" a elaboração do Plano de Desenvolvimento da Macroárea de Influência da ponte que integra o Sistema Viário Oeste.
As recomendações dos estudos de impacto de vizinhança e similares exigidos por lei podem exigir adequações nos planos diretores municipais e a reestruturação da mobilidade urbana nas cidades impactadas. Ainda de acordo com a Tribuna, a interpretação é a de que o governo deseja combater o discurso oposicionista de que a ponte seria um engodo.
Com a contratação de uma consultoria voltada a estudar o assunto, "a pressa é a de mostrar que as questões relacionadas ao assunto estariam avançando". Segundo a assessoria do governo, os estudos pretendem mostrar "a modelagem econômico-financeira, projetos conceituais de engenharia, estudos de impactos ambientais e culturais".
Gabrielli disse recentemente que a ponte seria "parte de um projeto indutor de desenvolvimento econômico e social", que é o Sistema Viário Oeste.
Enquanto recebe bombardeio pela sua gestão "desastrosa" na Petrobras, segundo a Veja, o ex-todo-poderoso tenta faz de conta que nada está acontecendo e bota seu bloco na rua. Ele iniciou ontem a estratégia de proximidade com os municípios do interior, através do programa "Diálogos Territoriais".
O primeiro aconteceu em Caetité, onde Gabrielli apresentou "as ações do Estado" na palestra com tema 'Intervenção do governo da Bahia no Território do Sisal'.
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