Essa
eleição de caráter inusitado está oportunizando algumas reflexões.
Primeiro, a provável
vitória de Haddad sobre Bolsonaro não trará a pacificação política desejada
pela maioria da população brasileira. Evidentemente que criará certa
expectativa positiva na esperança do bem-estar social em razão do programa que
o governo Haddad procurará colocar em prática. Mas isso não será suficiente
para reverter o comportamento odiento da direita com relação à esquerda.
Segundo, a “bolha de
ensaio” de Bolsonaro estoura logo após o segundo turno, levando o
"Tenebroso" para a “cova dos esquecidos”. Como ele não tem base
política sólida nem estrutura partidária forte, também, não deixará qualquer
espólio político.
Terceiro, Ciro Gomes
sairá fortalecido da eleição em decorrência da pré-morte do PSDB. Isso lhe dará
cacife político para se tornar oposição ao PT, tornar-se-á o representante do
centro-direita, e buscará fortalecer para os futuros embates políticos. Não
restará a ele alternativa, pois no campo das esquerdas suas chances de poder
são mínimas.
Quarto, Marina sairá
dessa eleição menor que entrou, será a maior derrotada e herdará um estigma que
provavelmente tirará em definitivo de futuras eleições. Tentará dar sobrevida a
REDE se o partido não a empurrar para a “cova dos esquecidos”.
Por fim, o maior vitorioso mesmo será o PT que, ao
ressurgirá das cinzas, terá oportunidade de se tornar o partido representante
de fato não apenas dos trabalhadores, mas também da classe média. Tudo
isso pelos méritos e estratégias do maior político da atualidade: Lula.
Será?
JMiguel