Li em um
site de notícias políticas, onde a reportagem mostrava a indignação de petistas
graúdos dentre eles Valter Pomar, com a postura de Fernando Haddad em ter twittado para Bolsonaro felicitando-o pela vitória e desejando boa sorte para seu
governo.
Penso que
isso é um gesto de humildade, civilidade e espírito democrático que todo político deveria
ter.
No discurso
proferido por Haddad logo após o resultado das urnas não houve nenhum gesto
de reconhecimento da derrota, bem como da vitoria do adversário. Porém entendo que
ele ficou refém do partido, logo ele um democrata convicto.
Os petistas
críticos ásperos dos adversários antidemocratas comportam da mesma maneira
que estes quando não conseguem ser democratas nem dentro do seu próprio
partido.
O Discurso
das décadas de 80 e 90 está dissociado da realidade fática. O resultado das
urnas mostrou isso. A sociedade muda em função da sua própria dinâmica; o tempo
aponta as demandas, os anseios e as perspectivas da população circunstanciadas relativamente à dinâmica temporal. Não reconhecer esses fenômenos é aceitar a
autofagia política.
O “Velho PT”
jamais será esquecido, pois nele estão os pilares de sustentação dos princípios
norteadores do partido. Mas isso não significa que não precisa de mudança. A
mudança torna-se imperiosa, sim. E se ela não acontecer de dentro para fora,
acabará acontecendo de fora pra dentro.
Defendi a
candidatura de Haddad por acreditar na sua capacidade política e intelectual
para a reconstrução do “Novo PT”. Um PT conectado com as demandas da classe
média; das populações de maior vulnerabilidade principalmente das periferias
urbanas; com a defesa dos direitos e garantias da classe trabalhadora; com uma
educação de qualidade desde o ciclo médio ao universitário; com a valorização
do professor; com o desenvolvimento econômico com inclusão social; com as garantias de direitos e oportunidades para todos.
Haddad deu
um exemplo de humildade e sabedoria para a convivência no Estado Democrático de
Direito. Reforçou minhas convicções sobre a sua capacidade política para
refundar o PT, buscando novos horizontes em uma nova perspectiva política, econômica e social.
JMiguel