.
DESTAQUE:
print this page
Última Postagem:

Um projeto de reforma política












Um anteprojeto de reforma política está sendo articulado pela OAB com a participação de toda a sociedade. Esse projeto será encaminhado ao Congresso Nacional através de Iniciativa Popular denominado: “Eleições Limpas”. Terá como objetivo não apenas atender às manifestações de ruas ocorridas no último mês de junho, mas, também, no sentido mais amplo de implementar uma reforma política profunda em que seja dado aos cidadãos o direito democrático de decidir os destinos políticos do país, sem a interferência hegemônica e promíscua do capital privado e setores conservadores da sociedade, bem como enterrar de uma vez por todas esse modelo político ultrapassado e cheio de vícios em que o Brasil vem experimentando há séculos.

Embora o anteprojeto Eleições Limpas tenha três focos importantíssimos: o voto transparente em dois turnos, o financiamento democrático das campanhas, e aí se entende como financiamento publico, e a liberdade de expressão na internet, careceu-se de outro ponto em que se julga de tal importância para o aprimoramento do processo politico: o voto distrital misto .

Não podemos perder a oportunidade de reescrever um novo modelo do nosso sistema político. A adesão poderá ser feita no endereço: 
 http://eleicoeslimpas.org.br/

A participação da sociedade é imprescindível para o 
êxito da proposta.

 Leia mais>>
0 comentários

O Brasil está mais rico, mas o maior desafio é a desigualdade social




















O Brasil, apesar de liderar o ranking na América Latina em percentagem do PIB investido em políticas sociais, ainda não conseguiu reverter as desigualdades históricas, o que o deixa com o maior índice entre um grupo de 16 países analisados na região, conforme aponta um grupo de estudos sediado em Nova York. 

Leia aqui>>


0 comentários

Governo tem de escolher para quem quer governar

Professor da Federal do Rio afirma que os tempos de 'Brasil Para Todos' já passaram
por Andréa Ponte Souza, Fábio Jammal Makhoul e Lucimar Beraldo, Rede de Comunicação dos Bancários publicado 20/07/2013 
São Paulo – Apesar dos incríveis avanços econômicos e sociais que o Brasil passou nos últimos dez anos, o povo quer mais. Sem o fantasma do desemprego rondando, renda em ascensão e aumento do consumo, a população quer agora saúde, educação e transporte de qualidade, quer, enfim, serviços públicos melhores.
Este é o grande recado das manifestações que tomaram conta do Brasil em junho, na visão do professor João Sicsú, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele participou dos debates sobre análise de conjuntura, que abriram o segundo dia da Conferência Nacional dos Bancários, neste sábado (20), em São Paulo
João Sicsú disse que o governo Lula assumiu o país, em 2003, com o slogan “Brasil para todos”. “Este roteiro levou a ações que garantiram avanços em todas as áreas", diz, acrescentando que a política econômica do governo, acertada e necessária, expandiu o crédito, que dobrou de tamanho, conseguiu uma drástica redução do desemprego - passando de 12,3%, em 2013, para menos de 5%, em 2010 - e ampliou o consumo.
O resultado foram reflexos sociais significativos, com geração de emprego, valorização do salário mínimo, manutenção da inflação sob controle e organização das contas públicas. "Deu quase tudo certo! Pois, para fazer esse tipo de política não é necessário nenhum enfrentamento. Cria-se um ciclo em que não se coloca em conflito o trabalho e o capital", destacou.
Para Sicsú, o governo precisa, agora, deixar o slogan de lado e escolher para quem quer governar. “Precisa partir para o enfrentamento. Se queremos um sistema de saúde melhor, precisamos enfrentar o lobby dos médicos e das grandes corporações. Se queremos uma reforma política, precisamos enfrentar deputados, senadores, bancos, mídia. Se queremos uma reforma agrária, precisamos enfrentar os ruralistas. Isso vai desagradar os mais poderosos e ricos, mas vamos conseguir avançar em vários pontos que foram colocados pela população nas manifestações de junho”.
"Chegamos em um momento em que os próprios trabalhadores perceberam que querem participar amplamente da vida social de suas cidades, não apenas como consumidores; querem acesso ao serviços e equipamentos públicos de qualidade, como transporte, saúde, segurança, urbanidade - e que estão restritos a uma minoria", apontou Sicsú, destacando que tal insatisfação é do conhecimento de todos, inclusive dos governantes.
O professor acredita que esta insatisfação da população manifestada nos protestos era de conhecimento do governo. “Mas os governantes não fizeram nada, justamente para evitar o confronto. Mas não adianta evitar o enfrentamento, os mais poderosos continuarão brigando pelos seus interesses. Basta ver que, no ano passado, o governo federal destinou R$ 500 milhões em verbas publicitárias para a TV Globo. E ela continua fazendo oposição ao governo. Imagine o grande avanço que teríamos na saúde se esta verba de meio bilhão de reais fosse investida na área”, disse.
Apesar da falta de enfrentamento, João Sicsú destacou que os avanços conquistados nos governos Lula e Dilma nos últimos dez anos devem ser valorizados. “O Brasil mudou muito e não só em relação ao governo FHC. Mudou muito em relação à história do Brasil”, finalizou.
0 comentários

Católicas lançam campanha contra discurso “conservador” da Jornada Mundial da Juventude

Para a Católicas pelo Direito de Decidir, vinda do papa pode significar um momento preocupante para o debate em torno de políticas públicas sobre aborto e direitos de homossexuais


Leia mais>>
0 comentários

O corporativismo médico vai às ruas


Política e economia também são determinantes na saúde e devem, sim, aparecer em preocupações médicas. É um pouco comprometedor um médico que defende a não entrada de médicos cubanos quando a intenção deste mesmo médico é ter no interior e na periferia um trampolim para chegar às ricas capitais.
* Caio Sarack  é estudante  de filosofia na USP 




0 comentários

Equívocos conceptuais no governo do PT

Estimo que parte das razões que levaram multidões às ruas no mês de junho tem sua origem nos equívocos conceptuais presentes nas políticas públicas do governo do PT. Não conseguindo se desvencilhar das amarras do sistema neoliberal imperante no mundo e internalizado, sob pressão, em nosso país, os governos do PT tiveram que conceder imensos benefícios aos rentistas nacionais para sustentar a política econômica e ainda realizar alguma distribuição de renda, via políticas sociais, aos milhões de filhos da pobreza.


O Atlas da exclusão social – Os ricos no Brasil (Cortez, 2004), embora seja de alguns anos atrás, mantém sua validade, como o mostrou o pesquisador Marcio Pochmann (O país dos desiguais, Le Monde Diplomatique, outubro 2007). Passando por todos os ciclos econômicos, o nível de concentração de riqueza, até a financeirização atual, se manteve praticamente inalterado. São 5 mil famílias extensas que detêm 45% da renda e da riqueza nacionais. São elas, via bancos, que emprestam ao governo; segundo dados de 2013, recebem anualmente do governo 110 bilhões de reais em juros. Para os projetos sociais (Bolsa Família e outros) são destinados apenas cerca de 50 bilhões. São os restos para os considerados o resto. 

Em razão desta perversa distribuição de renda, comparecemos como um dos países mais desiguais do mundo. Vale dizer, como um dos mais injustos, o que torna nossa democracia extremamente frágil e quase farsesca. O que sustenta a democracia é a igualdade, a equidade e a desmontagem dos privilégios. 

No Brasil se fez até agora apenas distribuição desigual de renda, mesmo nos governos do PT. Quer dizer, não se mexeu na estrutura da concentração da renda. O que precisamos, urgentemente, se quisermos mudar a face social do Brasil, é introduzir uma redistribuição que implica mexer nos mecanismos de apropriação de renda. Concretamente, significa: tirar de quem tem demais e repassar para quem tem de menos. Ora, isso nunca foi feito. Os detentores do ter, do poder, do saber e da comunicação social conseguiram sempre impedir esta revolução básica, sem a qual manteremos indefinidamente vastas porções da população à margem das conquistas modernas. O sistema politico acaba servindo a seus interesses. Por isso, em seu tempo, repetia com frequência Darcy Ribeiro, nós temos uma das elites mais opulentas, antissociais e conservadoras do mundo. 

Os grandes projetos governamentais destinam porções significativas do orçamento para os projetos que as beneficiam e as enriquecem ainda mais: estradas, hidrelétricas, portos, aeroportos, incentivos fiscais, empréstimos com juros irrisórios do BNDES. A isso se chama crescimento econômico, medido pelo PIB que deve se equacionar com a inflação, com as taxas de juros e o câmbio. Privilegia-se o agronegócio exportador que traz dólares à agroecologia, à economia familiar e solidária que produzem 60% daquilo que comemos. 

O que as multidões da rua estão reclamando é: desenvolvimento em primeiro lugar e a seu serviço o crescimento (PIB). Crescimento é material. Desenvolvimento é humano. Significa mais educação, mais hospitais de qualidade, mais saneamento básico, melhor transporte coletivo, mais segurança, mais acesso à cultura e ao lazer. Em outras palavras: mais condições de viver minimamente feliz, como humanos e cidadãos, e não como meros consumidores passivos de bens postos no mercado. Em vez de grandes estádios cujas entradas para os jogos são em grande parte proibitivas para o povo, mais hospitais, mais escolas, mais centros técnicos, mais cultura, mais inserção no mundo digital da comunicação.

O crescimento deve ser orientado para o desenvolvimento humano e social. Se não se alinhar a esta lógica, o governo se vê condenado a ser mais o gestor dos negócios do que o cuidador da vida de seu povo, das condições de sua alegria de viver e de sua admirada criatividade cultural.

As ruas estão gritando por um Brasil de gente e não de negócios e de negociatas; por uma sociedade menos malvada devido às desigualdades gritantes; por relações sociais transparentes e menos escusas que escondem a praga da corrupção; por uma democracia onde o povo é chamado a discutir e a decidir junto com seus representantes o que é melhor para o país. 

Os gritos são por humanidade, por dignidade, por respeito ao tempo de vida das pessoas para que não seja gasto em horas perdidas nos péssimos transportes coletivos mas liberado para o convívio com a família ou para o lazer. Parecem dizer: “Recusamos ser animais famintos que gritam por pão; somos humanos, portadores de espírito e de cordialidade que gritamos por beleza; só unindo pão com beleza viveremos em paz, sem violência, com humor e sentido lúdico e encantado da vida”. O governo precisa dar esta virada.

Leonardo Boff é teólogo e escritor.
0 comentários

Quem topa a aventura?


Apesar do desprezo e indignação pelos políticos, o eleitor, na hora de decidir pela escolha de representante  do executivo, sempre busca o equilíbrio e o bom senso a favor daquele candidato em que melhor poderá prover à administração,  políticas públicas atinentes aos anseios da sociedade

É o que sugere o texto do sociólogo Marcos Coimbra.

Leia aqui>>
0 comentários

“Aluno de universidade pública deve retribuir o investimento à sociedade”

Mário Saad é Diretor da faculdade de Ciências  Médicas
da Unicamp concorda com obrigatoriedade de estudantes
de medicina trabalharem no SUS
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o diretor da faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Mario Saad, afirmou que é dever de todo aluno de Medicina, formado em faculdades públicas, atuar por um ou dois anos em serviços públicos de saúde.

A opinião de Saad destoa da posição de entidades representativas de médicos, que condenaram sumariamente a iniciativa da presidenta Dilma Rousseff de obrigar médicos, formados em instituições públicas ou privadas, a atuarem no SUS (Sistema Único de Saúde).

“É desnecessário aumentar a duração do curso. Mas, na minha opinião, é dever de todo aluno que estuda em universidade pública retribuir o investimento à sociedade. 
Assim, defendo que quem estudou em universidade pública trabalhe na rede pública, por um ou dois anos, na forma de serviço social obrigatório”, disse, em entrevista ao jornal.

Entretanto, Saad faz ressalvas à proposta da presidenta. Para ele, o estudante formado em universidades públicas deveria trabalhar no SUS por um ou dois anos como forma de serviço social obrigatória, mas já como médico formado. Desta maneira, segundo Saad, o profissional seria remunerado corretamente e poderia responder amplamente por seus atos enquanto médico. Ele ainda diz que o fato do médico ainda ter status de estudante enquanto trabalha no SUS pode trazer “insegurança à população”.

O diretor da Faculdade de Ciências Médicas acredita que o governo deveria, ao invés de criar novas vagas de Medicina, ampliar as vagas de faculdades com qualidade comprovada, desde que se comprometa a fechar os cursos ruins.

“Proponho que as boas faculdades, como USP, Unicamp, Unesp e Unifesp, possam ampliar suas vagas, com ajuda do governo federal, desde que ele se comprometesse a fechar os cursos ruins. De qualquer forma, o governo teve o mérito de trazer à discussão a falta de médicos que existe em algumas regiões do país”, defende Saad.

Com informações do jornal Folha de S.Paulo. 
(Foto: Divulgação / FCM-Unicamp)
0 comentários

Trabalho no SUS, contrapartida da universidade pública

O ingresso na universidade pública sempre foi o sonho de qualquer estudante que deseja fazer um curso superior, não apenas por ser esta gratuita, mas, sobretudo por oferecer um melhor nível de ensino. Haja vista que ali estão os melhores e mais preparados profissionais do ensino, bem como uma boa infraestrutura acadêmica. Porém, apesar das cotas sociais, o acesso ao ensino superior público ainda continua bastante restrito à classe mais elitizada da sociedade; principalmente no que diz respeito a cursos tais como medicina, engenharia, direito e odontologia.

Portanto, a decisão do governo de agregar dois anos ao curso de medicina com prestação de serviço ao SUS é bastante acertada, pois, além de preparar o futuro médico dentro de uma perspectiva profissional mais humanística, oportuniza o mesmo a dar sua parcela de retribuição à sociedade pela sua formação dentro de uma estrutura universitária custeada pela própria sociedade. 

Leia aqui Texto de Emir Sader em que aborda sobre assunto.
0 comentários

"Situação limite pode estagnar democracia"

Governador do Rio Grande do Sul diz que "ou nós mudamos e amoldamos as instituições da República para maior participação direta da sociedade, ou a nossa democracia nos próximos anos pode estagnar"; segundo Tarso Genro, "maioria conservadora do Congresso não quer fazer a reforma política, porque quer apenas usar o sistema político para a reprodução dos seus mandatos"

RS247 - Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) disse nesta quinta-feira que o Brasil se encontra em uma "situação limite" após protestos que tomaram as ruas no mês passado e que resultaram no Dia de Lutas esta quinta, que deixou a capital Porto Alegre sem ônibus e espalohou bloqueio de estradas pelo País. Para o petista, a maioria conservadora do Congresso Nacional impede a votação da reforma política, o que pode gerar eventual estagnação da democracia.
Segundo Tarso, não é que "vá haver golpe militar ou desestruturação de poder de Estado". "É uma situação limite que significa o seguinte: ou nós mudamos e amoldamos as instituições da República para maior participação direta da sociedade e fazemos o atual modelo econômico, que alcançou méritos extraordinários, avançar, ou a nossa democracia nos próximos anos pode estagnar. Como não há paralisia na estagnação, pode haver retrocesso", disse o governador em entrevista coletiva concedida no Palácio Piratini.
Ao comentar o plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff, que foi 'enterrado' no Congresso Nacional, Tarso disse ter acertado ao prever que os congressistas iriam "amorcegar" a proposta. "Eu disse que o Congresso ia amorcegar a reforma política. E é o que está fazendo. E isso não depõe nem contra as instituições, nem contra os parlamentares", analisou, ponderando: "Mas é visível que tem uma maioria conservadora do Congresso que não quer fazer a reforma política porque quer apenas usar o sistema político para a reprodução dos seus mandatos".
Plebiscito
Tarso sugeriu que o PT crie um bloco para defender a realização do plebiscito, que, segundo ele, é vital para amenizar um mal-estar da sociedade. "Acho que o PT deve lutar na Câmara para lutar por um bloco político pelo plebiscito, porque dentro do plebiscito pode se lutar por uma reforma política mais urgente", disse. "Há uma sinalização de mal-estar quando milhões de pessoas foram às ruas. Esse mal-estar está fragmentado, mas pode se concentrar em movimentações sociais exclusivas que prejudique o andamento da democracia do Brasil e o respeito às instituições que conquistamos na Constituição de 88", analisou.
O problema na chamada do governador do Rio Grande do Sul é que a proposta de plebiscito já foi descartada pela maioria da Câmara, por causa do tempo que levaria, e apenas a bancada do PT segue em sua defesa.
0 comentários

“Brasil precisa de médico especialista em gente”

“Cardiologista e ex-ministro da Saúde defende proposta apresentada por Dilma e diz que médico precisa se transformar num especialista em gente
O cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene, que preside uma comissão que auxiliou o governo na formulação do projeto para a mudança do ensino médico, defende a proposta apresentada ontem pela presidente Dilma mas afirma que não conhece a versão final. Para Jatene, o ensino médico está formando candidatos à residência médica, com muito ênfase às especializações e alta tecnologia. “O médico precisa se transformar num especialista de gente. O que o sr. achou das mudanças propostas para a mudança do ensino médico? O ensino médico está formando candidatos à residência médica. Isso estimula a especialização precoce. Precisamos formar um médico capaz de atender a população sem usar a alta tecnologia. O médico precisa se transformar num especialista de gente. E como ficará a supervisão? É a própria faculdade de medicina que cuidará disso. A proposta [original] é que ele fique dois anos no Estado que se formou, supervisionado pela faculdade. A escola vai fazer parte do sistema de saúde, não simplesmente dar o diploma. Com telemedicina e teleconferência fica fácil. O sr. foi consultado sobre isso? Vínhamos trabalhando nessa proposta, mas não sabíamos que já seria anunciada. O ministro Mercadante me telefonou dizendo que a presidenta Dilma iria anunciar, mas não deu maiores detalhes. Mas parece que está está dentro dos princípios. A proposta era mesmo de aumentar para oito anos? Sim. Quando me formei em medicina, em 1953, o curso já era de seis anos, e o conhecimento era muito pequeno. Hoje é colossal e o curso continua de seis anos. E em relação à política para fixar médicos no interior? Municípios pequenos deveriam integrar um consórcio para uso de alta tecnologia. Precisam, porém de um médico polivalente, que atenda de parto a uma emergência.”

Por Jussara Seixas

0 comentários

Saúde pública não é só médico

A importância desses profissionais é enorme. Porém o ideal é nem precisar recorrer a eles. O médico é a ponta da cadeia chamada Saúde Pública

MARCOS LUCENA
A importância desses profissionais é enorme. Porém o ideal é nem precisar recorrer a eles. O médico é a ponta da cadeia chamada Saúde Pública. Quem pensar que enchendo o país de médicos se atingirá a "cura" da Saúde Pública está enganado.
Já que o assunto é cura, quem não conhece o famoso dito popular que sabiamente apregoa "prevenir é melhor do que remediar"? Então por que não investir na medicina preventiva ao invés de precisar curar doentes? Uma pessoa bem alimentada, com todas as vitaminas necessárias em níveis adequados, com vacinação em dia, dificilmente ficará doente e precisará recorrer a atendimentos emergenciais.
Para quem acredita que a solução para a Saúde Pública seja encher o país de médicos, deve lembrar que esse abrangente ramo engloba o estudo de história, geografia, estatística, biologia, matemática, economia, entre outras áreas.
Saúde pública é melhorar o poder de compra da população, para que todos tenham alimentação adequada.
Saúde pública é investir em pesquisa para melhoria ou descoberta de novas vacinas.
Saúde pública é investir em saneamento básico para que não se tenha pessoas em contato com esgoto a céu aberto, o que facilita a proliferação de doenças.
Saúde pública é investir em condições de moradia adequadas, com ambientes arejados e ensolarados, ao invés de maquear comunidades carentes, afinal, "em casa que entra sol não entra médico".
Saúde Pública é melhorar a mobilidade urbana, para que a população tenha equilíbrio entre trabalho e lazer.
Saúde pública é conscientizar sobre a quantidade de filhos a serem gerados.
Definitivamente, Saúde Pública não é só médico.
0 comentários

Tramoia de "300 picaretas" ameaça o plebiscito



"Se a presidente, o PT e a esquerda não forem capazes de romper o cerco, repactuando com os movimentos sociais e pressionando o parlamento de fora para dentro, será real e imediato o perigo de definhamento do projeto político guindado ao Planalto no alvorecer do século", alerta o jornalista Breno Altman, em artigo exclusivo para o 247; segundo ele, a reação ao plebiscito capitaneada pelos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) torna mais atual do que nunca a frase do ex-presidente Lula sobre os "300 picaretas" do Congresso Nacional; "as forças progressistas dependem de uma escalada das ruas para disputar hegemonia e abrir processo constituinte que aprofunde a democracia, varrendo a resistência dos trezentos picaretas sobre os quais Luiz Inácio avisou", completa

Por Breno Altman, especial para o 247
A decisão do colégio de líderes da Câmara dos Deputados, anulando a possibilidade de convocação de consulta popular imediata sobre reforma política, faz de célebre música dos Paralamas o hino do momento. “Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou, são trezentos picaretas com anel de doutor”, diz a letra famosa. Formou-se, afinal, maioria conservadora entre os parlamentares para impedir que o povo enterre um sistema político apodrecido e antidemocrático.
O fato é relevante para entender o que se passa com o país. Eleita através de mecanismos que se apoiam no poder econômico e nas relações clientelistas, a maioria dos deputados não representa partidos ou programas. Compõe-se de porta-vozes de grupos que financiam suas campanhas, além de dedicarem o principal de suas energias para garantir a renovação de mandatos. De quebra, uns e outros não perdem a oportunidade para colocar algum no bolso.
Afirma-se, em tese corretamente, que o parlamento expressa a vontade média e heterogênea da cidadania. Essa assertiva, porém, tem pouca validade quando os filtros estruturais do sistema estão construídos para diluir o enfrentamento político-ideológico, transformar os partidos em colchas de retalho, estabelecer o mandato como instrumento de lobby e amarrar os eleitores com as cordas dos benefícios paroquiais.
Não é à toa que, apesar do eleitorado ter conduzido um partido de esquerda ao governo federal por três vezes consecutivas, os ventos de mudança não afetaram seriamente a correlação de forças nas duas casas do Congresso. Ainda sobrevive, nessa instituição, um bloco político majoritário que funciona como esteio parlamentar da plutocracia.
A administração petista, com erros e acertos, há dez anos trata de negociar, no interior da ordem estabelecida, a formação de alianças que permitam a implantação de seu programa reformador. Muito se avançou, aos trancos e barrancos, mas quaisquer mudanças estruturais são barradas pelas fileiras predominantes do conservadorismo e da fisiologia.
Os exemplos são muitos. O imposto sobre grandes fortunas, na última tentativa de implementá-lo, naufragou com menos de 150 votos a favor, em 2003. Não se aprova a emenda contra trabalho escravo. O marco regulatório da internet está parado há dois anos e corre-se o risco de ser aprovada a criminalização de conteúdos sem determinação judicial.
Pressionado pelas ruas, o Senado aprovou a demagogia de considerar corrupção um crime hediondo, mas derrubou projeto que diminuía o número de suplentes e impedia que parentes ocupassem a vaga do titular. Pura hipocrisia. Um símbolo de que, de todas as reformas de base necessárias, a que mais resistência encontra no parlamento é a política.
Agora foi a gota d’água. A resolução capitaneada por Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, caciques do PMDB, partido da base aliada, empareda o governo entre as ruas e o Congresso. A estratégia de construir governabilidade sem mudar as instituições está se exaurindo, e leva junto boa parte da popularidade acumulada nos anos anteriores.
Se a presidente, o PT e a esquerda não forem capazes de romper o cerco, repactuando com os movimentos sociais e pressionando o parlamento de fora para dentro, será real e imediato o perigo de definhamento do projeto político guindado ao Planalto no alvorecer do século.
Há uma ruptura entre a vontade popular e o sistema político, manifestada claramente nas jornadas de junho e nas pesquisas subsequentes. A aceitação sem luta do cambalacho contra o plebiscito, sem explicitar aos cidadãos qual é e onde está o ovo da serpente, eventualmente constituiria erro de proporções avassaladoras.
Amanhã, dia 11 de julho, as greves e mobilizações pela pauta dos trabalhadores e pelo plebiscito serão ensaio decisivo para o grave momento que se vive. Não deveria ser, no entanto, um instante fugaz. As forças progressistas dependem de uma escalada das ruas para disputar hegemonia e abrir processo constituinte que aprofunde a democracia, varrendo a resistência dos trezentos picaretas sobre os quais Luiz Inácio avisou.
Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel.
0 comentários

Partidos são corruptos para 81% dos brasileiros

A média mundial gira em torno de 65%. Ainda segundo pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada ontem pela Transparência Internacional, numa escala de 1 a 5, onde cinco é o grau máximo de corrupção, o setor público brasileiro atingiu nota 4,6. A taxa é mais elevada que no resto da América Latina

247 – Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada ontem pela Transparência Internacional, cerca de 81% dos brasileiros consideram os partidos “corruptos ou muito corruptos”. Pela proporção, quatro de cada cinco pessoas não confiam na base da representação política no País.
O levantamento foi concluído em março, ou seja, cerca de três meses antes da série de manifestações de rua que tomaram o País.

Na média dos 107 países que participaram do estudo, algo em torno de 65% dizem que os partidos são “corruptos ou muito corruptos”.
A mesma pesquisa feita em 2010 mostra que, no Brasil, a situação se agravou: três anos atrás, o índice de descontentamento sobre o tema era de 74%.
O Congresso é a segunda instituição mais desacreditada. Cerca de 72% da população o classificam como “corrupto ou muito corrupto”. Na média mundial – foram 114 mil entrevistas –, o índice é de 57%.
Numa escala de 1 a 5, onde cinco é o grau máximo de corrupção, o setor público brasileiro atingiu nota 4,6. A taxa é mais elevada que no resto da América Latina.
Cerca de 70% dos entrevistados no Brasil acreditam que a corrupção no setor público é “muito séria”, contra uma média mundial de apenas 50%.
Em torno de 77% dos brasileiros admitem que ter “contatos” na máquina publica é “importante” para garantir um atendimento. A percepção em relação ao setor privado se inverte. No Brasil, apenas 35% das pessoas acham que as empresas são “corruptas ou muito corruptas”. Fora do País, a média é superior: 45%.
0 comentários

Sustentar Dilma Rousseff contra as tramóias da direita

As manifestações de ruas ocorridas nos últimos dias tem levado alguns partidos políticos, bem como setores conservadores da imprensa a se insurgirem como paladinos da moralidade; tentando tirar proveito da situação no sentido de se credenciarem para o retorno ao Poder central, onde, muitos deles, por várias oportunidades estiveram e nada fizeram em pró da melhoria das condições de vida do povo brasileiro; pelo contrário, sempre estiveram ao lado da política conservadora e excludente, dominada por uma elite defensora dos princípios retóricos da Casa grande & senzala.

A sociedade, especialmente a juventude propulsora de todas essas manifestações, precisa ficar atentar e repugnar qualquer tipo de politização oportunista que por ventura tente tirar proveito dessas manifestações.

No texto a segui, LEONARDO BOFF faz uma análise bastante pertinente sobre o tema. Vale a pena fazer uma leitura.


0 comentários

Uma nova classe trabalhadora

Marilena Chauí, professora titular da USP, historiadora e filósofa, em texto imperdível, onde pode ser conferido no link ao final, discorre sobre a nova classe média brasileira. Antes, porém, ela faz uma viagem histórica, trazendo à luz das análises as transformações em que sofreu o capitalismo industrial, especificamente na Europa, e suas interconexões com a política do modelo neoliberal implantado a partir do governo Collor e consolidado no de FHC.

É um texto que nos remete à reflexão sobre as transformações em que passam as sociedades em seus cíclicos e anticíclicos nas movimentações de massas, sempre buscando a conquista e afirmação dos direitos sociais e o bem-estar comum que o Estado deve promover; o exemplo disso têm hoje as manifestações de rua que se espalham por todo o país, o que certamente irão tornar um marco histórico na produção e transformação de valores tão importantes para nortearem as relações intersociais de uma sociedade em que está buscando a sua reconfiguração no sentido do estabelecimento de uma nova ordem social, política e econômica.

Leia aqui>>















0 comentários

Se ligue pra não ser "engabelado"

A impressa oposicionista vive sempre aproveitando do “quanto pior, melhor”.

A colunista Eliane Cantanhêde de vez em quando se mete em questões de natureza política e acaba se “borrando” toda. Nesta, que pode ser conferida a seguir, a jornalista se revela em uma profissional que não busca analisar os fatos tal como eles ocorrem, mas sim dentro de uma perspectiva eivada de emoção e forte tendência política.

0 comentários

A emergência da reforma política

Marilena Chauí, professora titular da USP, historiadora e filósofa, em texto imperdível, onde pode ser conferido no link ao final, discorre sobre a nova classe média brasileira. Antes, porém, ela faz uma viagem histórica, trazendo à luz das análises as transformações em que sofreu o capitalismo industrial, especificamente na Europa, e suas interconexões com a política do modelo neoliberal implantado a partir do governo Collor e consolidado no de FHC.



É um texto que nos remete à reflexão sobre as transformações em que passam as sociedades em seus cíclicos e anticíclicos nas movimentações de massas, sempre buscando a conquista e afirmação dos direitos sociais e o bem-estar comum que o Estado deve promover; o exemplo disso têm hoje as manifestações de rua que se espalham por todo o país, o que certamente irão tornar um marco histórico na produção e transformação de valores tão importantes para nortearem as relações intersociais de uma sociedade em que está buscando a sua reconfiguração no sentido do estabelecimento de uma nova ordem social, política e econômica.


0 comentários

"Dilma é a minha candidata", diz Lula

Em meio à queda de popularidade de 27 pontos percentuais da presidente Dilma Rousseff em três semanas (Datafolha), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar que não disputará a Presidência em 2014 e disse que Dilma será sua candidata. Em sua primeira entrevista depois dos protestos que levaram milhares de pessoas às ruas - e fez com que a popularidade de Dilma despencasse - Lula afirmou ao Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor, que as manifestações são normais em uma democracia e provam que a sociedade brasileira vive como uma 'metamorfose ambulante'.

Lula defendeu sua sucessora e afirmou que a presidente não demorou para ouvir as vozes da rua. A pesquisa Datafolha divulgada no sábado mostrou que Dilma também perdeu intenção de votos e caiu de 51% para 30%. A mesma pesquisa mostrou que Lula teria melhor desempenho que Dilma na eleição presidencial de 2014.
O ex-presidente evitou falar sobre a proposta de plebiscito para a realização de uma reforma politica. O petista disse apenas que a proposta será implementada, mas afirmou que não sabe como isso será feito.
As declarações foram dadas no fim da tarde de ontem, depois de participar do primeiro dia do encontro "Novas abordagens unificadas para erradicar a fome na África", promovido pelo Instituto Lula, pela União Africana e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em Adis Abeba, capital da Etiópia.
Antes, pela manhã, Lula tentou explicar o que estava acontecendo no país, ao discursar a uma plateia composta por ministros, políticos e integrantes de Ongs de diferentes países africanos. O ex-presidente elogiou Dilma, ao afirmar que a sucessora teve um comportamento 'extraordinário' e foi solidária em relação às manifestações que acontecem em todo o país. O petista disse ainda que os protestos são decorrentes dos ganhos obtidos pela população nos últimos dez anos de governos petista.
Da Etiópia Lula segue para a Alemanha onde fará uma palestra a convite do banco Santander.
A seguir, a entrevista.
Valor: Como o senhor viu essas manifestações? O que levou as pessoas às ruas?
Luiz Inácio Lula da Silva : Eu acho que no Brasil temos prefeitos, governadores, presidente da República... Eu sou um curioso nesse aspecto. A primeira coisa que eu acho é que toda vez que um povo se manifesta é sempre muito importante. Acho que democracia exige que o povo esteja sempre em movimento, em manifestação, sempre reivindicando alguma coisa. As reivindicações que o povo está fazendo, de melhoria de transporte, de saúde, de educação isso é próprio do processo de crescimento que o Brasil vem enfrentando. Se você analisar que em dez anos mais do que dobrou o número de universitários no Brasil e de alunos nas escolas técnicas, e que houve a evolução social de uma camada da sociedade, essas pessoas cada vez mais querem mais. É assim. Quando aconteceu a greve dos metalúrgicos em 1978 as pessoas se perguntavam por que os trabalhadores fizeram greve. Eu dizia: porque eles tinham aprendido a comer um bife e estavam tirando o bife deles! Começaram a brigar para não perder o bife! Na medida em que as pessoas tiveram uma evolução social, é normal que elas queiram mais coisa. De vez em quando as pessoas reclamam que os aeroportos estão cheios. É lógico que tem que estar cheio! Em 2007 você tinha 48 milhoes de passageiros voando de avião. Hoje você tem 101 milhões de passageiros. Obviamente que vai ter gente brigando. Você não tem [briga de passageiros] de ônibus, porque a quantidade de passageiros que andavam de ônibus em 2007 é a mesma de 2012. Na medida em que as pessoas vão evoluindo vão querendo mais. Eu acho importante. Eu acho que se as pessoas questionam custo da Copa as pessoas que organizaram, que contrataram tem que mostrar. Não tem nenhum problema fazer esse debate com a sociedade. E é fazendo o debate que você separa o joio do trigo. Quem quer realmente debater, está interessado em fazer coisa séria e aquilo que é justo. Nesse aspecto Dilma tem tido um comportamento importante. De entender o movimento, tentar dialogar com o movimento e construir as propostas possíveis. Se a gente tiver qualquer preocupação com o exercício da democracia é muito ruim.
Valor: O senhor se reuniu com Dilma e Haddad durante a crise. O que o senhor disse a eles? Faltou ouvir as ruas?
Lula : A coisa que o Haddad mais ouviu foi as ruas. Ele tinha acabado de sair de uma eleição. Primeiro ele ganhou as eleições por causa da proposta de transporte que fez para São Paulo, que era para novembro mas talvez ele antecipe, não sei se tem condições de antecipar (proposta do Bilhete Único Mensal). A propaganda do Haddad era o seguinte: da porta para dentro muita coisa melhorou nesse país, mas da porta para fora nada foi feito. E ele dizia que em São Paulo em oito anos não havia sido feito nenhum corredor de ônibus. Ninguém pode, em sã consciência, nem o prefeito, nem o vice-prefeito, nem um cidadão qualquer dizer que o transporte em São Paulo é de qualidade. O metrô era de qualidade quando andava pouca gente, quando tinha condição de sentar. Mas agora que você tem passageiro para três vagões andando em um vagão, vai piorando a qualidade. O que eu acho que pode acontecer no Brasil é as pessoas se convencerem que de quando em quando gente precisa refletir sobre o que está acontecendo, conversar com as pessoas e tentar construir aquilo que precisa ser construído. É por isso que elogiei o comportamento da Dilma nessas coisas. Ela humildemente foi conversar com todos os segmentos da sociedade. Não se recusou a conversar com nenhum.
Valor: Não demorou muito para fazer isso?
Lula: Não demorou. Ela conversou no momento certo. Não poderia ter conversado antes, para discutir qualquer movimentação. O que a gente tem que entender é o seguinte: a realidade no mundo é outra, o povo está mais exigente, está tendo cada vez mais acesso a informação. Hoje o povo não precisa esperar o jornal no dia seguinte, a televisão à noite. As pessoas estão acompanhando as coisas 24 horas por dia. As pessoas não estão mais lendo notícia. Estão fazendo notícia. Eu acho que essa coisa é que é interessante. Nesse momento só tem uma solução: é pensar, conversar e começar a colocar em prática coisas que sejam resultado das discussões com a sociedade.
Valor: O senhor concorda com essa proposta de plebiscito sobre reforma politica? O senhor ficou irritado com o fato de a presidente ter consultado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?
Lula: Eu não posso fazer julgamento de acordo feito entre partidos políticos. Cada partido esteve representado com seu presidente e eles decidiram fazer o que tinham que fazer e vão colocar em prática. Não sei como é que vão colocar em prática, mas vão colocar. Nós temos o direito de conversar com quem bem entenda. Eu até agora não ouvir dizer que Dilma conversou com Fernando Henrique Cardoso. Ouvi setores da imprensa dizendo que ela conversou, o que ela não confirmou em nenhum momento. Mas conversar com FHC, com Sarney, com Collor, com Lula, é a coisa mais natural que um presidente tem que fazer. É conversar com as pessoas. É o seguinte: o Brasil vive um momento extraordinário de afirmação de sua democracia. Somos um país muito novo no exercício da democracia. Se você quiser pegar a eleição do Sarney como paradigma ou a aprovação da Constituição em 1988 temos 25 anos de democracia contínua. É o periodo mais longo. É normal que a sociedade esteja como uma metamorfose ambulante, se modificando a cada momento. É muito bom para o Brasil.
Valor: Mas não preocupa o abalo na popularidade da presidente, que caiu 30 pontos percentuais desde o inicio do mês?
Lula: Veja, querida, não me preocupa. Se tem um cidadão que já subiu e desceu em pesquisa fui eu. Em 1989 teve um dia no mês de junho que eu queria desistir de ser candidato porque eu tinha caído tanto que ia sair devendo para o Ibope (risos). Então eu cheguei a pensar em desistir porque não tem como eu pagar voto. Só tenho o meu. E depois com tantos figurões disputando a eleição fui eu que fui para o segundo turno. A Dilma é a mais importante candidata que nós temos, a melhor. Não tem ninguém igual a ela para ser candidata à Presidência da República. Portanto ela será a minha candidata.
Valor: O senhor volta em 2014?
Lula: Não

Fonte: Valor
0 comentários

.

 
"
Design: Jmiguel | Tecnologia do Blogger | Todos os direitos reservados ©2012
"