Há mais de dois mil anos, Jesus entrou em Jerusalém triunfalmente, carregado por um jumentinho, para simbolizar que o Reino que se delineava não tinha nada a ver com as “megas” estruturas que dominavam o mundo e impunham fardo pesado à sociedade hebraica. Dessa maneira, Aquele que fora enviado, representando a Divindade encarnada na humildade, para romper as estruturas do mundo materialista, eivado de egoísmo e desumanidade, acabara de penetrar no centro do poder do Império Romano, estabelecido na Judeia sob as ordens de Pôncio Pilatos, delegadas a este pelo imperador Tibério.
A
entrada de Jesus em Jerusalém balançou as estruturas econômicas, sociais e políticas
que, até então, se imaginavam inabaláveis. A VERDADE, que Ele defendia, e
estava em sua própria figura, começou a desmontar a MENTIRA, entranhada numa
sociedade que se achava autossuficiente, vivendo nos devaneios dos instintos
egoístas e na hipocrisia. Seus seguidores, talvez, não teriam entendidos qual
Reino seria instalado, pois, eram escravos
de um sistema que os levavam à alienação intelectual, para, a partir
de aí impor o domínio que lhes tirava a
possibilidade de ter um futuro diferente.
O alvoroço político e social, desencadeados durante a estada de Jesus em Jerusalém, foram suficientes para a divisão da história da humanidade em duas: Antes e Depois Dele.
A sua crucificação tornou-se para o mundo cristão o símbolo da Nova Aliança entre Criatura e Criador.
Toda
ruptura é traumática e pode deixar marcas profundas que servirão de referências
para o novo caminhar. Mudanças ocorrem a todo instante. Elas acontecem num
silêncio ensurdecedor ou num barulho silencioso, mas estão sempre acontecendo.
Velhos paradigmas se rompem para ensejar a (re) construção de novos tempos.
Assim caminha humanidade, numa evolução perene, voltada para o topo da
pirâmide, onde está a UNICIDADE da sabedoria, da consciência, do equilíbrio e
da espiritualidade.
É nessa direção em que todos caminhamos, ou não (?)