A política Marina
Silva, candidata a presidente da República, cuja possibilidade de se tornar a
segunda mulher a governar os destinos da nação, é, incontestavelmente, cria do
PT. A sua formação política e doutrinária nasceram das entranhas deste
partido.
Num eventual
governo da Marina, o PT precisa descer do pedestal e calçar as sandálias da
humildade no sentido de dar o apoio político necessário ao eventual governo dela,
juntamente com os demais partidos do campo político da esquerda, inclusive, se
for o caso, participando efetivamente do núcleo do governo; até mesmo, para
evitar que diante de uma frágil relação política congressual, os partidos conservadores
não tentem ocupar os espaços políticos com a desculpa da fatídica
governabilidade.
Caso Marina
seja a vencedora da eleição, a gestão, no contexto político, não sofrerá viés
de continuidade ao ponto das coisas tomarem rumo inesperado. Haja vista que a
concepção política de estado entre a Candidata Marina e a Presidente Dilma tem
mais pontos de convergências que divergências.
A morte de
Eduardo Campos, por sua vez, criou uma situação emblemática para o PSDB. O partido
tido como favorito para um eventual segundo turno contra o PT, provavelmente,
terá o infortúnio de ficar fora da segunda etapa da disputa pela primeira vez
desde 94, o que tornaria o fato inusitado para o cenário político brasileiro, onde
o partido, com tanta importância e dimensão política, teria de amargar uma intempestiva
derrota.
A história
política de Marina começou nos anos 80, precisamente em 84, como militante
sindicalista ligada à CUT (clique aqui), mas bem
antes tivera como mestre o exemplar líder Chico Mendes. Já na
condição de política partidária pelo Partido dos Trabalhadores teve como mestre
nada menos que o proeminente político deste partido: Luís Inácio Lula da Silva.