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O Lagedo é um nicho ecológico

O meio ambiente é um bem jurídico difuso de uso comum de todos e tutelado pela constituição de 1988. Portanto, sua preservação é obrigação de todos, desde daqueles que vivem no campo como no meio urbano.


A política de defesa e preservação do meio ambiente é relativamente nova, por isso o debate desse tema torna-se relevante para a difusão e conscientização da sociedade sobre a importância do meio ambiente ecologicamente equilibrado para a preservação do planeta e de todos os seres que vivem nele.

Infelizmente, grande parte da sociedade não tem consciência da necessidade da preservação ambiental, explorando irracionalmente os recursos naturais e desencadeando uma serie de eventos negativos, em que se coloca a sobrevivência de todas as espécies em risco. Esse sentimento é mais frustrante, para não dizer revoltante, quando se percebe que o poder público, em determinadas situações, não exerce o poder discricionário de tomar decisões com o olhar social.

Foto de outubro de 2015
Cabe à sociedade organizada e vigilante cobrar do poder público: o firme propósito de proteção primordial dos bens de utilidade pública; exigir análise racional dos atos administrativos que possam configurar danos ao meio ambiente e contraditar os argumentos equivocados de que todo desenvolvimento econômico se traduz em desenvolvimento social, quando na realidade um não é sinônimo do outro.

No que diz respeito ao “Lajedo”, a comunidade do Quebra está de parabéns pela proatividade na defesa daquele ambiente natural de relevante importância para toda comunidade, não apenas pelo contexto histórico-cultural, mas, sobretudo, por se tratar de um nicho ecológico ali existente.

A intenção de instalar nesse local empreendimento para extração de “pedras” deve ser manifestamente repreendida, não só pelo fato de tratar-se de área de interesse difuso, mas, também, contribuir simbolicamente com a conscientização de que  a necessidade de defesa e preservação de áreas  ambientais deva ser um valor premente, onde se cria condições reais para a vida  equilibrada e saudável. Colaborar ainda na reeducação e entendimento de que ações conjuntas no uso racional dos recursos naturais retornam como bem para cada um individualmente.

Salienta-se ainda que a área em questão foi cercada recentemente, o que causa estranheza e perplexidade à comunidade sem entender como uma área de uso coletivo localizada em terras devolutas possa ser apropriada em interesse particular. 

Diante de tais circunstâncias, a comunidade irá solicitar a interveniência dos órgãos públicos competentes no sentido de que seja retirado o cercamento e área possa ser reintegrada ao domínio público.



JMiguel
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Resenha Crítica, "Oração aos Moços"

“Oração aos moços”, do eminente jurista Rui Barbosa, pode ser considerado o mais vibrante e empolgante discurso que já se proferiu por ocasião de uma solenidade de formatura.

Os bacharelandos da faculdade Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, foram homenageados, em 1921, pelo ilustre Rui Barbosa que, na qualidade de Paraninfo e não podendo comparecer ao evento por motivos de saúde, enviou aos formandos um discurso em que homenageava a turma pela conclusão do curso de Direito.

Em “Oração aos Moços”, o mestre Rui Barbosa, à luz da sua sabedoria e aguçada intelectualidade, discorre sobre a função do magistrado e a missão que cabe ao advogado. Aborda ainda sobre os valores intrínsecos à formação desse profissional das ciências jurídicas, dentro do contexto moral, ético e espiritual.

No discurso, Rui Barbosa infere que a missão do advogado e a magistratura se confundem, pois, o advogado quando no exercício da sua função, também estará de certo modo a exercer uma espécie de magistratura, uma vez que a justiça, tanto para o advogado como para o magistrado, sempre terá o mesmo objetivo a ser perseguido.

Em carta, Rui Barbosa chama atenção para a questão da igualdade, onde deixa claro que a verdadeira igualdade está em tratar igualmente os desiguais na medida de suas desigualdades para que se possa alcançar a igualdade justa e plena. A mensagem mais direta aos formandos foi no sentido de que eles deveriam ter a lei como um instrumento em que visasse alcançar a justiça social, tendo em vista que as desigualdades sociais e a falta de conhecimento por parte da população com relação aos seus próprios direitos, devem-se ao caráter antidemocrático em que a lei e a justiça se apresentam para a sociedade, onde apenas poucos se beneficiam dos resultados finalísticos desses dois instrumentos de ordem social.

“Oração aos moços” inculca uma forte mensagem de espiritualidade e civilismo aos jovens advogados, procurando mostrar aos novos operadores do direito a importância do sacerdócio da profissão, enfatizando que esta deve estar sempre voltada para o enriquecimento e engrandecimento do homem em toda sua dimensão cognitiva.


Concluindo, “Oração aos moços” enseja um discurso de reconhecimento das potencialidades e virtudes da juventude que devem ser canalizados para a construção de uma nação forte e vitoriosa, buscando promover a autoestima de cada indivíduo, com fim à afirmação de uma sociedade fraterna e promovedora do bem estar social entre seus compatriotas. 





Rui Barbosa
Oração aos Moços
Edição 5ª - Casa de Rui Barbosa - RJ
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O desenvolvimento humano autêntico

O desenvolvimento humano não deve ser visto como um processo autônomo e retilíneo em que busque apenas atender aos interesses mercadológicos. Mas, sobretudo, criar condições que favoreçam o processo de desenvolvimento do ser em toda a sua essência e torná-lo um agente multiplicador do bem-estar, utilizando-se da inteligência e sabedoria que a natureza lhe proveu.

Já não existem duvidas de que as sociedades de massas, onde a produção dos bens e serviços visam apenas os resultados de natureza econômica, não proporcionam a felicidade tão sonhada pelo homem.

O desenvolvimento que o homem experimentou nos últimos tempos, especificamente, no campo da tecnologia, tornou-o mais escravo de um modelo de produção e consumo do que um agente que pudesse, utilizando-se dos mecanismos técnico-econômico-sociais, engendrar um conceito de desenvolvimento em que o SER prevalecesse sobre o TER. 

A experiência tem demonstrado que o acúmulo de bens e serviços de forma exacerbada sem a observância intencional da moralidade, em que não se busque contemplar e valorar as virtuosidades do gênero humano, volta de encontro ao próprio homem sufocando-o e oprimindo-o. Portanto, precisa o homem buscar sua maturação com a finalidade de atingir o crescimento do seu SER vocacionado pelo Criador.

A grande injustiça da humanidade está em "poucos" ter muito e "muitos" ter pouco ou quase nada, quando, pela lógica, o equilíbrio estaria na inversão desses valores; pois só assim a injustiça na distribuição dos bens e serviços originariamente destinados a todos seria mitigada.

O desenvolvimento não pode ser visto apenas no aspecto econômico, mas em toda globalidade vocacional do ser humano, assim como na sua capacidade potencial de transformação.

O homem como um ser social tem a obrigação de promover o desenvolvimento visando sempre o bem da maioria. O consumo de bens e serviços deve ser visto como um bem social, desde que se leve em conta as necessidades humanas, desde que estas tenham como parâmetros os valores sociais, morais, espirituais e humanos.



JMiguel


(Resumo crítico da Carta Encíclica Sollicitudo Rei Sociales de João Paulo II - cap. IV).
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Fé e Razão

FICHAMENTO – Estudo dirigido


                                   Universidade: Católica do Salvador                                    
                                   Curso: Direito Noturno
                                   Professor: Jurandi Dantas Souza
                                   Aluno: José Miguel de Magalhães                                       
                                   Teórico estudado: Fé e Razão, João Paulo II
                                   Data: 30/03/2015
1 Biografia
João Paulo II (1920-2005) nasceu na pequena cidade de Wadowice na Polônia. Filho de Karol Wojtyla e de Kaczorowska foi batizado com o nome de Karol Jósef Wojtyla. Ficou órfão aos 08 anos e perdeu seus dois irmãos mais velhos. Fez sua primeira comunhão aos 09 anos de idade. Estudou na escola Marcin Wadowita e em 1938 muda-se para a Cracóvia onde estudou na Universidade de Jaguelônica e numa escola de teatro.
Teve que trabalhar, para evitar a deportação para a Alemanha, quando as forças nazistas fecharam a Universidade após a invasão da Polônia, na Segunda Guerra Mundial.
Ordenou-se padre no dia 1 de novembro de 1946. Completou o curso universitário em Roma e doutorou-se em teologia na Universidade Católica de Lublin. Foi nomeado bispo auxiliar na Cracóvia em 1958, foi capelão universitário e professor de ética na Cracóvia e Lublin.
Em 1964, Wojtyla assume as funções de arcebispo de Cracóvia, e em 1967, chega a cardeal.  Ativo participante no Conselho Vaticano Segundo, representou igualmente a Polônia em cinco Assembleias internacionais de bispos entre 1967 e 1977. Foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, sucedendo a João Paulo I, adotando o nome de João Paulo II. Em 13 de maio de 1981, foi atingido por um tiro, quando entrava na Praça de São Pedro, ficando gravemente ferido, durante uma tentativa de assassinato.
João Paulo II teve papel importante para o fim do comunismo na Polônia e em vários países da Europa. Seu pontificado foi o terceiro maior, iniciou em 16 de outubro de 1978 e só terminou em 02 de abril de 2008 com sua morte, foi o único Papa de origem não italiana depois do holandês Adriano VI em 1522. Falava vários idiomas. Visitou 129 países durante seu pontificado. Esteve 04 vezes no Brasil onde visitou várias cidades, reunindo multidões. Exerceu influencia para melhorar as relações entre a religião católica e outras religiões.
Viagem ao Brasil:
Primeira visita – 1980
João Paulo II beatificou o jesuíta José de Anchieta, que chegou ao Brasil, em 1553, para catequizar os habitantes do país. O Papa participou do X Congresso Eucarístico Nacional, realizado entre 30 de junho a 12 de julho 1980, em Fortaleza, no Ceará. Ele foi recebido pelo general João Batista Figueiredo, último presidente brasileiro no período da ditatura militar.
Segunda visita - 1991
O Papa João Paulo II foi recebido pelo presidente Fernando Collor de Mello. Em Salvador, ele visitou irmã Dulce, que estava com a saúde debilitada.
Terceira visita – 1997
O Papa foi recebido pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e participou do II Encontro Mundial do Papa com as Famílias, realizado na cidade do Rio de Janeiro. Ele ficou por quatro dias na cidade. Em seus discursos, João Paulo II condenou o divórcio, o aborto e os métodos contraceptivos. Ele abençoou o Rio de Janeiro aos pés do Cristo Redentor.
2 Obras 
A Loja do Ourives”, “Amor Frutuoso e Responsável”, “Sinal de Contradição”, “Redentor dos Homens”, “O Poder da Misericórdia na Vida dos Homens”, “A importância do Trabalho como Forma de Santificação”, “A Posição da Igreja na Europa do Leste”, “Os Males do Marxismo, Materialismo e Ateísmo”, “O Papel da Virgem Maria como Fonte da Unidade Cristã“, “Os Efeitos Destrutivos da Rivalidade das Superpotências”, “A Necessidade de Reconciliar o Capitalismo com a justiça Social”, “Uma Argumentação contra o Relativismo Moral”.
"Evalegium Vitae", "Ut Unum Sint". 
3 Fonte
Paulo II, João, Carta Encíclica FIDES ET RATIO do Sumo Pontífice João Paulo II, aos Bispos da Igreja Católica, sobre as relações entre FÉ e RAZÃO. http://www.clerus.org/pls/clerus/cn_clerus.h_centro?dicastero=2&tema=7&argomento=41&sottoargomento=28&lingua=4&classe=1&operazione=ges_formaz&vers=3&rif=65&rif1=65
4 Ideias principais
 Capítulos:
I – A verdade
II - A fé como luz do saber
III - A verdade e conhecimento racional
IV- A busca da verdade entre Fé e Razão
V - A defesa da Fé no campo da Filosofia
VI – Teologia e Filosofia na busca da Verdade
VII - Convicção da Verdade
5 Resumo das ideias

Capítulos:
IA verdade
Neste capítulo o autor faz crer aos leitores a revelação da verdade apresentada à humanidade por Deus, através de seu filho Jesus Cristo. Ao revelar-se ao homem, Deus deseja que este, através do conhecimento, seja capaz de ter plena consciência sobre a sua própria existência. “Enquanto fonte de amor, Deus deseja dar-Se a conhecer, e o conhecimento que o homem adquire d´Ele leva à plenitude qualquer outro conhecimento verdadeiro que a sua mente seja capaz de alcançar sobre o sentido da própria existência”. (7)
IIA fé como luz do saber
Aqui o autor revela o quanto profundo é a ligação entre fé e razão; o desejo do conhecimento é próprio de cada homem; a sabedoria em comunhão com a fé leva ao homem conhecer a verdade de forma plena e indubitável. A fé ajuda no conhecimento do mundo e dos fatos históricos. O texto ilustra analogicamente que: à luz da razão o homem descobre seu caminho, mas é pela fé que atinge a verdade. “A mente do homem dispõe o seu caminho, mas é o Senhor quem dirige os seus passos” (16); “... a razão e a fé não podem ser separadas, sem fazer com que o homem perca a possibilidade de conhecer de modo adequado a si mesmo, o mundo de Deus”. (16)
Por fim, o capitulo mostra a fé como instrumento imprescindível para o bom uso da razão como verdadeira filosofia e busca da verdade.
IIIA verdade e conhecimento racional
Neste capítulo registra a chegada de S. Paulo a Atenas, onde em meio a um povo politeísta e que tinha na filosofia sua base cultural, apresenta naquele contexto o Deus desconhecido que é o Deus Criador. Buscando o caminho da verdade, Paulo, através do dialogo reflexivo, procura construir o caminho da fé verdadeira a partir da realidade do próprio povo. A busca do saber faz parte da essência humana.
“O Apóstolo põe em destaque uma verdade que a Igreja sempre guardou no seu tesouro: no mais do fundo coração do homem, foi semeado o desejo e a nostalgia de Deus” (24).
O saber é um desejo que transcende a humanidade e a verdade é o centro desse desejo. “Em toda criação visível, o homem é o único ser que é capaz não só de saber, mas também de saber que sabe, e por isso se interessa pela verdade real daquilo que vê”. (26)
Sugere o texto que a verdade apresenta com a indagação: “A vida tem um sentido? Para de onde se dirige?” (26). Esse questionamento, indubitavelmente, remete a todos ao questionamento sobre a morte. E na reflexão de todo esse dilema o homem tem o encontro com a verdade.
A mensagem do capítulo sugere que o homem vive numa busca eterna da verdade e em quem confiar. Portanto, “A fé cristão vem em sua ajuda, dando-lhe a possibilidade concreta de ver realizado o objetivo dessa busca. De facto, superando o nível da simples crença, ela introduz o homem naquela ordem da graça que lhe consente participar no ministério de Cristo, onde lhe é oferecido o conhecimento verdadeiro e coerente de Deus Uno e Trino. Deste modo, em Jesus Cristo, que é a Verdade, a fé reconhece o apelo último dirigido à humanidade, para que possa tornar realidade o que experimenta como desejo e nostalgia” (33).
A fé e a razão não se contrapõem, mas pelo contrário se coincidem na busca da verdade. É através da luz da razão que se chega à plenitude da fé. “Aquilo que a razão humana procura sem conhecer, só pode ser encontrado por meio de Cristo: de facto, o que n´Ele se revela é a verdade plena de todo o ser que, n´Ele e por Ele, foi criado e, por isso mesmo, n´Ele encontra a sua realização” (34).
IV - A busca da verdade entre Fé e Razão
Neste capitulo é traçada uma síntese histórica, filosófica e teológica de como os cristãos dos primórdios experimentaram a fé, através do pensamento filosófico. Coube aos padres da idade média, especialmente Santo Agostinho na visão da filosofia platônica e São Tomás de Aquino na Aristotélica, mostrar pra o mundo medieval que razão e fé se confundem na busca da verdade. ”A luz da razão e a luz da fé provêm ambas de Deus” (43): argumentava São Tomás de Aquino. Ensina ele que a fé perfeiçoa a razão que livre o homem das fraquezas que tem sua causa na desobediência do pecado: “... assim a fé supõe a razão. Esta, iluminada pela fé, fica liberta das fraquezas e limitações causadas pela desobediência do pecado, e recebe a força necessária para elevar-se até ao conhecimento do mistério de Deus Uno e Trino” (43).
VA defesa da Fé no campo da Filosofia
Este capítulo trata-se das - “Intervenções do Magistério em Matéria Filosófica” – apresenta as intervenções impostas pelo Magistério, salientando os momentos marcantes do fideísmo e o tradicionalismo radical, pela ausência de confiança e capacidades naturais da razão; e, oposição ao racionalismo e o ontologismo, uma vez que atribuíam à razão tudo que se pode ser revelado pela fé. Destaca ainda o papel da Igreja no estimulo ao pensamento filosófico no resgate de sua missão originária, destacando a sua contribuição para o enriquecimento filosófico, na época moderna.
VITeologia e Filosofia na busca da Verdade
Aqui o autor mostra a dimensão da palavra de Deus, independente do tempo e do espaço, revela a natureza filosófica que imanta a cada homem em sua essência. A filosofia deve ser orientada pela luz da razão, uma vez que esta está orientada naturalmente dotada para a verdade.
Embora, muitos erros fazem parte da história do pensamento filosófico, não é papel do magistério corrigir tais distorções. Mas, apenas apontar quando determinadas teses filosóficas ameaçam e difundem doutrinas perturbadoras à fé do povo de Deus.
Por fim, o discurso afirma o interesse que o magistério tem pela filosofia; interconectividade íntima do campo teológico com o pensamento filosófico, ambos caminhando em direção da verdade.
VIIConvicção da Verdade
Neste capitulo o autor invoca que a filosofia retorne ao encontro com a dimensão sapiencial, a busca da sabedoria, sobrepondo os fenômenos doutrinários de menor expressão e que sejam perturbadores da fé, tais como o pragmatismo, existencialismo ateu etc. A verdade deve ser o objetivo principal do homem e ela não deve restringir aos fenômenos experimentais, objetos próprios da ciência natural.
Os filósofos e teólogos devem ter uma sintonia, no sentido do aprofundamento entre fé e razão, demonstrando com isso que uma não exclui a outra, mas, pelo contrario, que a força da fé seja a luz que a razão precisa para iluminar a mente do homem na busca da verdade.
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Forças Interiores da Mudança

Um vídeo para reflexão das ações que pautam cotidianamente o nosso comportamento como seres que buscam a evolução espiritual e o crescimento da criação humana.
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