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O "apartheid social" no carnaval de Salvador

O lado oposto da festa

O carnaval de Salvador, apesar de ser considerado a maior manifestação popular de rua do mundo, tem seu lado perverso. Durante quase 08 dias de festa não foi difícil observar o apartheid social” que o mesmo produz. De um lado, viam-se aqueles que têm recursos curtindo a folia dentro dos camarotes; nos grandes blocos de trios fechados ao público, e do outro, o “povão” nas ruas disputando qualquer espaço, atrás dos trios elétricos, na base dos empurrões, da "porrada" e levando cacetadas da polícia a torto e a direito.

A violência

As estatísticas, segundo os órgãos de segurança, registraram um crescimento em torno de 24,6% nos índices de violência em relação ao ano passado. Já é nítido o esvaziamento dos circuitos,  principalmente o circuito Osmar, onde se fica horas sem ver uma única atração.

O modelo 

O modelo estrutural, como é concebido aos circuitos para a realização da festa, contribui para o aumento da violência, pois ao longo de cada circuito, Osmar (Centro) e Dodô (Barra), os espaços públicos, que por direito deveriam ser do folião comum, são invadidos pelos camarotes, vendedores de bebidas e coisas do gênero, uma verdadeira promiscuidade entre o público e o privado, criando com isso as condições para formação de verdadeiros "corredores poloneses". 


Camarote Salvador, circuito Barra-Ondina, fica localizado no final do percurso














A festa nos camarotes

Alguns camarotes, por sua vez, são uma excrescência à parte. Com suas luxúrias eletrizantes, promovem festa VIP para uma clientela elitizada/eletrizada, em que a participação individual nesses eventos pode custar até R$ 1.000,00 a diária; além de servir como vitrine para promoção pessoal e verdadeiras "masturbações sociológicas" - reproduzindo aqui o que disse certa vez um saudoso político - também servem como palcos privilegiados para assistir às cenas de "lutas de gladiadores” promovidas pelos foliões "descamisados" que, ao som dos trios elétricos, disputam a tapas e empurrões o mínimo de direito de participar da festa. 


Trio elétrico arrastando a multidão 

Manifestações culturais

Salvador é por tradição uma cidade festeira. A formação pluricultural de seu povo proporciona um ingrediente ideal para as festividades que ocorrem ao longo de todo o ano. Entretanto, essa diversidade cultural tem que ser vista como uma oportunidade de geração de emprego e renda, onde a riqueza gerada pelos atrativos do turismo de lazer, de negócio ou mesmo cultural, deva ter a participação justa e democrática de toda a população.

Expectativa de mudança

Mas, diante de tantos fatos negativos, surge a esperança por parte das autoridades responsáveis pela a organização do evento, pois já se falam em repensar e definir uma nova configuração, já a partir de 2014, levando-se em consideração a participação popular, para essa que é a maior e mais sensacional festa popular de rua do planeta. 

Que bom! Vamos ficar de olho.


JMiguel

Publicado em 13 de fev. de 2013 -  23h15
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+ comentários + 2 comentários

07/09/2014, 12:40

negro vota em negro??
negro casa com negro?
concordo ,os negros do Brasil não votam em negros ,não casam com negros,não ouvem cantores negros ,e quando algum negro fala pra eles fazerem isso, eles chamam de racista!!
não existe miscigenaçao no Brasil,o que existe são negros praticando auto genocídio.
ESTATÍSTICAS DO IBGE
BRANCO CASADO COM BRANCA,75,3%
NEGRO CASADO COM NEGRA=39,9
PARDO COM PARDA=69%
AMARELO COM AMARELA=44,2%
ÍNDIO COM ÍNDIA=65,4%

07/09/2014, 12:57

não existe miscigenaçao no Brasil,o que existe são negros praticando auto genocídio.
ESTATÍSTICAS DO IBGE
BRANCO CASADO COM BRANCA,75,3%
NEGRO CASADO COM NEGRA=39,9
PARDO COM PARDA=69%
AMARELO COM AMARELA=44,2%
ÍNDIO COM ÍNDIA=65,4%

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