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Após drama, égua é sacrificada


Uma triste realidade, mas a verdade é que o animal passou 10h sem receber atendimento, após ser atropelado na Av. ACM.



A cena angustiante chamou a atenção de quem passava ontem, pela manhã, na Avenida Antonio Carlos Magalhães, na altura do Parque da Cidade: uma égua agonizava após ser atropelada. Aliás, um atropelamento que aconteceu na noite anterior, por volta das 11h da noite. O socorro só veio 10 horas depois e, em seguida, a decisão de sacrificar o animal, que teve a pata dianteira direita quebrada. Após ser socorrida por funcionários da Central de Zoonoses de Salvador, a égua foi transportada, no final da manhã, para o Hospital Veterinário da Ufba, em Ondina, onde exames constataram que não havia chances de recuperação, devido ao excesso de ferimentos. De acordo com o veterinário Carlos Humberto, o animal sofreu politraumatismo, com fratura exposta na pata direita.

Após o atropelamento, outros dois equinos –um macho e um potro – em nenhum momento deixaram de ficar ao lado da égua. “O cavalo acariciava o rosto da égua. Já o potro, de pouco mais de 8 meses de nascido, enconstava e parava para mamar na mãe. Era uma cena de amor e cuidado de fazer inveja ao seres humanos”, contou o servidor público Paulo Iglesias, que ficou indignado com o caso (leia abaixo). De positivo, ele só guardou a cena acima, protagonizada, segundo ele, por “animais nada irracionais’.

Ação por descaso

A morte do animal causou revolta e indignação ao servidor público Paulo Iglesias. Ontem, ele entrou com uma ação civil junto ao Ministério Público Estadual contra a Prefeitura de Salvador. Segundo Iglesias, os motivos foram “descaso e negligência dos órgãos competentes”.

“A Central de Zoonoses de Salvador é um órgão falido, assim como os governantes do município. A cena que eu vi era de cortar o coração de qualquer pessoa. Isso me levou a um estado de desconforto moral e emocional”, justifica Iglesias, que passou pelo local minutos após o acidente.

Jogo de empurra acaba mal

No momento em que parou o carro para tentar ajudar, Paulo Iglesias iniciou sua peregrinação. “Liguei para o Corpo de Bombeiros. Em vão – disseram que não era atribuição deles. Em seguida, o Centro de Zoonoses de Salvador. Este órgão afirmou que caberia à Transalvador o resgate. Liguei também, e nada. Enfim, fiquei das 23h às 5h no local. Fui para casa e voltei às 7h. Só às 9h o animal foi atendido”, bradou.

Corpo do animal será cremado hoje

“Amanhã (hoje), será feita a necropsia e, posteriormente, o corpo (da égua) será cremado”, explicou Carlos Humberto, que é diretor do Hospital Veterinário da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Foram policiais militares e populares que carregarem a égua ferida para longe da pista da Av. ACM, após o atropelamento. A cena atraiu muitos curiosos ao local, mas, sem ajuda do poder público, nada pode ser feito para aliviar o sofrimento do animal. Fonte: Massa






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